Para cientista político, pouco se faz por “questões relevantes” como evasão escolar e formação de professores O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (08/04) a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez e, em seguida, ...
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Para cientista político, pouco se faz por “questões relevantes” como evasão escolar e formação de professores
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (08/04) a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez e, em seguida, indicou o acadêmico Abraham Weintraub para o cargo.
Polêmico, o colombiano naturalizado brasileiro esteve diante de um conflito dentro do MEC, em que militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho divergem sobre questões relacionadas à educação no país.
Na semana em que o Governo Federal completa 100 dias, mais um ministro perde o posto. Para o professor e cientista político da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mauricio Fronzaglia, a falta de experiência do novo nome indicado mantém a preocupação, sobretudo em uma pasta “estratégica”.
“O que é preocupante: o cargo não está sendo ocupado por alguém que tenha experiência ou seja da área. Essa é uma pasta estratégica, porque diz respeito à formação e qualificação de capital humano. É muito complexa, já que as melhorias que se tem feito na educação demoram para chegar. Os resultados demoram”, diz.
Diante da forte atuação do presidente Jair Bolsonaro e de sua equipe de governo nas redes sociais, o professor afirma que há temas mais urgentes a serem solucionados.
“Estão mais preocupados em vencer uma guerra de narrativas pelas redes sociais do que solucionar os problemas da educação. É preciso administrar temas urgentes. O Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] acaba no ano que vem. É preciso renovar esse compromisso”, explica.
De acordo com o Ministério da Educação, só 84,4% dos adolescentes entre 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio, estão na escola. No total, cerca de 2,5 milhões não estão estudando. O especialista acrescenta que essas são questão que merecem atenção.
“O que se tem feito para formar os professores? Por que não retomar projetos abondados? Também é preciso atacar a evasão escolar. Muitos alunos não concluem ensino fundamental ou médio e estamos perdendo esses jovens. Essas são as questões relevantes para o país”, completa.
Maurício Fronzaglia é especialista em relações internacionais na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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