Foi publicado recentemente, um estudo internacional inédito realizado por pesquisadores de Bangladesh e da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, acompanhando 600 vilas sobre o uso de máscaras e comprovando a eficiência da utilização.
Abaixo mais detalhes dos dados analisados pelo coordenador de mestrado e doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa. O estudo é super importante para comparação ao Brasil, visto que Bangladesh é um país densamente povoado, assim como algumas regiões brasileiras, e mostra que os resultados poderiam ser parecidos, e principalmente a seriedade de o país continuar usando máscaras e sua eficiência para não disseminação.
Gostaríamos de colocar o docente e especialista à disposição da imprensa para comentar mais detalhes dos dados e a importância de não interromper o uso de máscaras.
ANÁLISE DA PESQUISA:
Participaram do estudo 342 mil pessoas por meio de um ensaio clínico randomizado, no qual, foi dividido grupos para manter a vida como estava sem máscaras, e outra metade para entender a importância da máscara e como utilizar, disponibilizado estas a elas.
O estudo foi feito com distribuição de máscaras de pano e cirúrgicas, entre os meses de novembro de 2020 e abril 2021, com acompanhamento das pessoas por 8 semanas.
Alguns resultados da pesquisa:
Nas vilas que foram pedidas para usar máscaras, 43% da população passou a utilizar, e o distanciamento social foi de 29%.
Já nas vilas que pediram para permanecer como estavam (não usar), 13% passaram a usar máscara, e o distanciamento foi de 24%.
5 meses após a randomização, o grupo que foi solicitado o uso de máscaras usava 10% mais.
De 342 mil pessoas, 11 mil tiveram sintomas do Covid e as vilas que utilizaram máscaras tiveram uma redução de 9,3% de Covid, comparado a quem não usava.
Quando separava por máscaras de pano e cirúrgicas, o resultado foi:
Pano prevenia 5% as pessoas da contaminação e cirúrgica 11,2%, entretanto, o estudo comprovou a eficiência de qualquer máscara e destacou que cirúrgicas têm uma eficácia maior.
Separados por idade o uso de máscaras, os idosos tiveram um índice de 34,7% menos incidência com Covid-19.