Há menos relações sexuais. E não é (só) por causa das tecnologias

Publicado por: Editor Feed News
30/01/2022 12:49 PM
Exibições: 81
(CC0/PD) sasint / pixabay
(CC0/PD) sasint / pixabay

Estudos em vários países demonstram que a maior queda se verifica entre os adolescentes. E os confinamentos não alteraram isso.

 

Não é o primeiro – nem será o último – mas em Novembro surgiu novo estudo sobre a frequência de relações sexuais. Desta vez nos Estados Unidos da América, resultado da pesquisa nacional de saúde e comportamento sexuais.

 

Os autores do estudo, do Centro de Promoção da Saúde Sexual na Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana, procuraram quase nove mil pessoas, entre adolescentes e adultos – a maioria adultos.

 

Há uma tabela que mostra um dos dados mais relevantes: há mais de uma década as pessoas nos EUA tinham relações sexuais do que agora.

 

Essa diferença é mais visível entre os adolescentes (entre os 14 e os 17 anos). Nessa faixa etária, em 2009 havia 79,5 por cento de jovens que não faziam sexo há mais de um ano – ou que nunca tinham feito; em 2018 foram 89 por cento a assumir o mesmo.

 

Nos adultos (18-49 anos) também houve um aumento, embora menor: de 23,5 por cento em 2009 para 28,1 por cento em 2018.

 

No sexo oral entre adolescentes a variação foi muito semelhante: mais 10 por cento em “jejum” durante um ano, em 2018. A subida é ainda maior no número de adolescentes sem masturbação (de 44 por cento para 60,5 por cento).

 

Estudos noutros países, como no Reino Unido e na Alemanha, mostram que a diminuição do número de relações sexuais é global, ao longo das últimas décadas.

 

Soazig Clifton, directora de um inquérito semelhante no Reino Unido, falou sobre o assunto à revista Science Focus e foi clara: “Sim, há menos relações sexuais. E parece ser uma tendência internacional”.

 

Possíveis razões

A responsável admite que não consegue enumerar com certeza os motivos. Tem noção de que as tecnologias – pessoas “coladas” em telemóveis – ajudam.

 

Mas não é só isso: as pessoas falam mais abertamente sobre sexo, agora. Não têm vergonha em assumir como está a sua vida sexual, mesmo que seja inexistente.

 

E há o cansaço do lado feminino: “Tem havido muita investigação em relação às mulheres de meia-idade. Elas estão cansadas demais para fazer sexo, têm muitas mais coisas a acontecer nas suas vidas”.

 

pandemia “fechou” as pessoas em casa mas isso não fez alterar rotinas: “Os impactos do confinamento foram muito distintos, depende do caso. Mas, entre os inquiridos que já viviam com a companheira ou companheiro, a frequência do sexo foi praticamente a mesma. A maioria das pessoas contou que não houve qualquer mudança na vida sexual”.

 

Por   Nuno Teixeira da Silva, Planeta ZAP //

Vídeos da notícia

Imagens da notícia

Tags: