O seu QI permaneceu ou diminui com a idade?

Publicado por: Editor Feed News
27/09/2022 12:44 PM
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Cortesia Editorial Pixabay
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Existe a ideia de que, à medida que se envelhece, perde-se alguma agilidade mental. Mas será que o Quociente de Inteligência (QI) diminui com a idade?

 

Para esclarecer a questão, a Metafact recorreu ao conhecimento de cinco especialistas em inteligência, ciências do comportamento e psicologia.

 

“A inteligência é medida por um conjunto de testes, alguns sobre competências linguísticas, outros sobre competências não verbais – como a resolução de puzzles -, e outros sobre a rapidez com que se completa uma tarefa”, disse Michael Thomas, especialista em psicologia e neurociência da Universidade de Birkbeck, em Inglaterra.

 

“A inteligência é a média das pontuações nessas tarefas, em comparação com o quão bem outras pessoas [da mesma idade] as desempenham”, explicou.

 

Os testes de QI avaliam diferentes capacidades, tais como a retenção da informação, o raciocínio abstrato e o processamento visual-espacial. Caso a inteligência seja média para a idade, a pontuação é de 100. Se for acima da média ultrapassa os 100, enquanto abaixo da média fica a menos de 100.

 

De acordo com um artigo publicado no Science Alert, que cita a Metafact, o QI não muda com a idade. Caso um indivíduo faça um teste hoje e outro daqui a 10 anos a pontuação será provavelmente muito semelhante. Isto porque o QI é sempre medido em relação a outras pessoas da mesma idade.

 

“O QI é sempre calculado em relação à idade de uma pessoa, quer seja 10, 15, 25, 25, 50, 72, ou 88 anos. Assim, as que têm 25 anos são comparadas com outras de 25 (…), e as de 50 anos são comparadas com outras de 50”, explicou Alan Kaufman, perito em testes de inteligência da Universidade de Yale, nos Estados Unidos (EUA).

 

Essa explicação é apoiada por Meiran Nachshon, perito em psicologia da Universidade Ben-Gurion, em Israel. “O QI indica o posicionamento relativo de um indivíduo em relação à média. Este posicionamento relativo é extremamente estável”.

 

Para verificar se o QI muda com o tempo, é necessário comparar o QI das pessoas mais velhas com os seus homólogos mais jovens. Isto não é possível devido às razões acima descritas. Mas há outro método.

 

“A primeira coisa que temos de fazer é encontrar uma ‘medida de comparação’ comum para os adultos. Podemos comparar o desempenho de pessoas de 70 anos, 60 anos, 50 anos, 40 anos, etc., com as normas (grupo ou padrões de referência) estabelecidas para jovens adultos [com uma média de 30 anos]”, disse Alan Kaufman.

 

O especialista indicou que, de acordo com testes comparativos realizados, há um declínio evidente no QI com a idade.

 

Existem “diferentes tipos de inteligência, sendo as mais estudadas a inteligência fluida e a cristalizada, que, juntamente com as capacidades designadas por memória de trabalho e velocidade de processamento, são combinadas para produzir o QI global ou de escala total”, referiu Kaufman.


“A inteligência fluida, ou raciocínio fluido, reflete a capacidade de resolver problemas novos, dos que não são ensinados na escola; enquanto a inteligência cristalizada, ou conhecimento cristalizado, mede a aprendizagem e a resolução de problemas que estão relacionados com a escolaridade e com a aculturação”, continuou.

 

Estes diferentes tipos de inteligência mostram padrões diferentes à medida que se envelhece. A inteligência cristalizada “atinge em média de 98 aos 20-24 anos, sobe para 101 aos 35-44 anos, antes de diminuir para 100 (idades 45-54), depois para 98 (55-64), 96 (65-69), 93 (70-74), e 88 (75+)”, exemplificou o especialista.

 

Já a inteligência fluida cai muito mais rapidamente. Kaufman revelou que esta “atinge um pico aos 20-24 anos (100), cai gradualmente para 99 (25-34) e 96 (35-44)”, passando para”para 91 (45-54), 86 (55-64), 83 (65-69), 79 (70-74), e 72 (75+)”.

 

“Os tempos de resposta mais rápidos que alguma vez o indivíduo terá estão a meio dos vinte e poucos anos, mas – desde que não desenvolva demência – o seu conhecimento de vocabulário aumentará ao longo da vida”, notou Michael Thomas.

 

Quando o indivíduo chega à fase entre os 60 e os 70 anos, “a maioria das competências cognitivas baseadas nas coisas que aprendeu (conhecimento cristalizado) aumentam ou se tornam bastante resilientes. Mas a velocidade com que se fazem as coisas pode diminuir”, apontou.

 

Com informações do Planeta ZAP //

 

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